domingo, 27 de março de 2011

Filmes, obras cinematográficas, longas metragens...

Vou passar a comentar aqui quando gostar muito de um filme a partir de hoje. E dessa vez precisarei falar de dois.
The Shawshank Redemption, um filme de 1994 dirigido por Frank Darabont e traduzido para o português como Um Sonho de Liberdade.
Com certeza já foi assistido por muitos e eu até hoje não sei porque ainda não havia assistido.
Punição: seria ela a chave para a redenção ou para a perdição? O filme mostra os dois lados de forma brilhante, apontando fortemente para o ato de superação de um ser humano diante de uma situação que para a maioria parece ser insuperável.
Um filme que fala sobre força de vontade e generosidade, talvez o principal na vida de uma pessoa para que ela passe por essa vida com louvor: força de vontade para esperar que a tempestade acabe; força de vontade para lutar contra o que lhe corrompe; força de vontade para continuar em frente independente de tudo; generosidade e amor ao próximo.
Os atores principais dão um show, o que talvez não precisasse ser citado quando se trata de Morgan Freeman e Tim Robbins. Enfim, vale realmente a pena assistir a essa obra-prima.




Já o filme "Hable Com Ella", de 2002, dirigido por Pedro Almodóvar, é certamente um filme que faz pensar.
Quatro pessoas. O primeiro é de um lado um homem sensível e apaixonado, que sabe reconhecer e compreender uma mulher. Em suas próprias palavras: "A mulher precisa ser tocada, mimada, acariciada... Ouvir seus segredos... Fale com ela"; do outro lado deste mesmo homem está uma pessoa cega de amor, que abandona o lado racional e vive somente a emoção e a loucura de um amor desmedido.
O segundo talvez se pareça mais com os homens que não entendem uma mulher. Apesar de sofrer por um amor do passado, ele demonstra claramente a falta que faz o diálogo entre um homem e uma mulher e o que isso pode causar à vida de ambos.
As duas mulheres que completam a história são as responsáveis pela amizade que surge entre esses dois homens e também aquelas que precisam ouvir e serem ouvidas.
Afinal de contas, amar e compreender o outro não é fácil. É preciso, igualmente como outras "funções" da vida, seguir regras, talvez básicas, porém essenciais.

Um comentário:

N.P.Schleiden disse...

Primeiro, suas resenhas foram brilhantes!
O primeiro filme trata de um paradoxo social, um dilema que nos persegue desde que existe sociedade: como tratar os nossos presos. Direitos? Sentimentos? Punição? Redenção?
O segundo filme trata também de um equilíbrio, mas emocional. Talvez, a fusão das principais características dos dois homens da história fosse o ideal: sensibilidade + racionalidade. Não saberemos a resposta.